O EGIPTO E OS MUROS DE NEEMIAS

Muitos daqueles que tinham conseguido escapar às quatro invasões babilónicas (605, 597, 586 e 582 a.C.) fugiram para o Egipto, também chamado “a cana quebrada (2ª Reis 18:21), com quem Judá se aliava continuamente para resistir a Babilónia. A maior parte dos refugiados instalaram-se no delta do Nilo, a região mais próxima da Palestina, à espera da restauração do seu país. Mas com o tempo, acabaram por se sentir em casa em perderam todo o desejo de voltar à Palestina. Dado que nesta época o grego era a língua oficial no Egipto, traduziram o Antigo Testamento para essa língua. Essa versão, chamada a Septuaginta, foi utilizada mais tarde pelos primeiros cristãos.


Um certo número de judeus foi mais para sul e estabeleceu uma comunidade poderosa na ilha de Elefantina, em Assuão. Temos várias cartas provenientes desta colónia, que nos fornecem informações preciosas sobre a vida desses judeus durante o exílio. Essas cartas foram escritas em aramaico e datam dos séculos IV e V a.C.. O elemento mais notável é a menção de um templo que eles construíram e dos pedidos de autorização dirigidos aos rabis de Judá. O templo nunca foi encontrado, mas as cartas não deixam qualquer dúvida: o templo foi construído, mas sem a autorização pedida. Uma recusa semelhante enquadra-se bem com o teor dos livros de Esdras e de Neemias, escritos depois do exílio e que faziam continuamente referência à lei de Moisés e ao reconhecimento de um só templo, o de Jerusalém.

Os muros de Neemias.



Carta em aramaico

encontrada em

Elefantina, na qual um

judeu oferece uma

casa à sua filha

século V a.C.

Os textos bíblicos que relatam as dificuldades encontradas pelos judeus em Judá no momento da reconstrução da cidade de Jerusalém, do tempo e das muralhas são confirmados pelas descobertas arqueológicas. As informações relativas aos sucessores do rei persa Ciro revelam-nos monarcas mais interessados em mulheres, bebidas e prazeres do que na gestão do país. Essa tarefa era, sobretudo, delegada nos funcionários. Geralmente, era concedido um favor à primeira pessoa que fazia um pedido. Foi o que fez Assuero, note-se, em face de Hamã no livro de Ester. Para Sambalate, o governador de Samaria, era fácil utilizar este costume para maltratar os judeus que queriam reconstruir a cidade (ver livro de Neemias).

Um dos inimigos do Neemias chamava-se Tobias, rei dos Amonitas. Hoje conhecemos toda uma dinastia de reis amonitas com esse nome. Uma inscrição onde figura esse mesmo nome foi descoberta no cimo de uma ponta rochosa que domina um vale esplêndido perto de Aman, na Jordânia. Essa inscrição data de uma centena de anos depois da época de Neemias. Durante muito tempo, os especialistas acreditaram que o nome de Tobias era uma ficção, já que continha o sufixo “Ya”, uma abreviatura de Yahvé. Como é que um rei amonita poderia ter um nome assim? A inscrição encontrada vem confirmar a historicidade desse homem que teria reinado sobre o território de Amon. Não é impossível que esse rei tivesse antecedentes judaicos. Próximo da inscrição, foi encontrado um grande palácio da época helenista com o nome de Iraq el-Amir. Não é possível afirmar com certeza que esta palácio fosse a residência desse Tobias, mas é grande a tentação de ligar esses diferentes elementos e de concluir que o reino de Tobias e dos seus descendentes subsistiu até à época dos Macabeus, no século II a. C.. o palácio foi construído com pedras mais volumosas do que de costume.



Ruínas do palácio de Iraq

el-Amir, talvez a

residência de Tobias

Os muros que Neemias mandou construir em volta de Jerusalém foram postos a descoberto. Forma encontrados na beira do planalto sobre o qual Jerusalém foi construída, no interior dos limites da cidade pré-exílica. A restauração do reino de Judá foi, portanto, uma regressão em relação à situação anterior ao exílio. Esta descoberta confirma as indicações que podemos ler nos livros de profetas como Ageu e Zacarias, escritos imediatamente após o exílio e que evocam a fragilidade da comunidade judaica e o desânimo sentido pelos primeiros repatriados.



Interior do palácio

de Iraq el-Amir.

Escavações feitas em numerosos locais de Judá revelam um quadro semelhante. Muitos, senão a maior parte, dos exilados ficaram em Babilónia. Assim, o período persa é um dos períodos mais pobres e tristes que os arqueólogos encontram na Palestina. Há muito poucos sinais de construções de grande envergadura.

Mesmo depois da época helenista, quando surgiu um reino judaico independente, o dos Hasmoneus ou Macabeus, a população nunca mais atingiu a densidade anterior ao exílio. Só na época romana, pouco antes do nascimento de Cristo, é que a Palestina voltou a ter a prosperidade do passado. Mas devido à chegadas do gregos e dos romanos, as construções mudaram de novo de estilo.





Publicada por José Carlos Costa em 11:18 Enviar a mensagem por e-mail Dê a sua opinião! Partilhar no Twitter Partilhar no Facebook Partilhar no Google Buzz

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